Ancorou recentemente em Sines o cabo de telecomunicações EllaLink que percorre 6000 quilómetros, dos quais 1300 km em águas sob soberania ou jurisdição nacional.
No âmbito do programa da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, no início de junho será lançada a plataforma atlântica europeia de dados e inaugurado o cabo submarino de fibra ótica entre Sines e Fortaleza, no Brasil. Esta plataforma representa o reforço da capacidade de reposicionar Portugal como país central no Atlântico, funcionando como ponto de ligação entre América, África e Europa e também como espaço privilegiado de contacto entre os países do Atlântico Sul e do Atlântico Nordeste.
Além do cabo EllaLink, um outro cabo submarino, o Equiano, irá partir da Cidade do Cabo, na África do Sul, até Sesimbra, unindo diversos países africanos à Europa.
O assentamento de cabos de telecomunicações no solo e subsolo marinho português pode hoje ser feito salvaguardando os ecossistemas marinhos vulneráveis. O Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo Nacional (PSOEM) não permite o assentamento de cabos submarinos nos locais onde ocorrem ecossistemas marinhos vulneráveis, como sejam os jardins de corais e esponjas de águas frias. Para assegurar o adequado cumprimento destes requisitos, cada cabo submarino é autorizado através de Título de Utilização Privativa do Domínio Público (TUPEM), emitido pela DGRM - Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos.